quinta-feira, 5 de abril de 2012

PM DE SÃO PAULO DEVERÁ FICAR AINDA MAIS TRUCULENTA: NÃO PODEMOS ACEITAR!

Recebemos a informação extra-oficial de que a PM de SP deverá ficar ainda mais truculenta a partir de agora, com a confirmação da saída do coronel Álvaro Batista Camilo de seu comando. Embora já tenha assumido, em caráter provisório, o coronel Pedro Batista Lamoso, a tendência é que outro nome assuma em definitivo a partir de maio.

Dentre os nomes cogitados, em meio a fortes disputas internas à polícia, o nome mais cotado para assumir a corporação em definitivo parece ser o do coronel César Augusto Franco Morelli, atual chefe da Tropa de Choque e amigo particular do secretário Antonio Ferreira Pinto. A informação é que os dois são íntimos desde os tempos em que o secretário da Segurança Pública ainda atuava no Ministério Público Estadual.

Morelli não é da corrente do coronel Camilo e, com a sua chegada, todos os postos de comando da PM deverão ser trocados. A linha que vigora atualmente na Tropa de Choque deverá se espraiar por toda a corporação. Dentre várias ações recentes, Morelli e seus comandados atuaram com truculência na região da Luz (vulga “Cracolândia”), em desocupações violentas na USP e no Massacre do Pinheirinho.

A possibilidade de o comandante de recentes massacres executados pela PM assumir o comando de toda corporação parece fazer parte do desejo do Governador Alckimin de premiar justamente aqueles que deveriam prestar contas de seus abusos e de seus crimes.

Em novembro do ano passado, Salvador Modesto Madia, responsável pela execução de 78 pessoas no Massacre do Carandiru (1992), foi nomeado para o comando das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar - ROTA. ROTA que, como já alertamos em nota publicada à época da nomeação, atua nas periferias de São Paulo e que, apesar de não chegar a corresponder a 0,5% de todo o efetivo da Polícia Militar, é responsável por cerca de 20% dos homicídios cometidos por essa corporação.

Nós da Rede Dois de Outubro, dos movimentos populares e de direitos humanos, não podemos aceitar uma polícia ainda mais repressiva e violenta!

Pelo fim dos massacres, exigimos um novo nome minimamente comprometido com direitos e garantias fundamentais, sobretudo daquelas  pessoas mais vulneráveis, característica que o Sr. Morelli já demonstrou inúmeras vezes não ter.


REDE 2 DE OUTUBRO - PELO FIM DOS MASSACRES


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