quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Periferia contra a Violência do Estado


Periferia contra a Violência do Estado

Show pós-Semana de Lutas contra a Violência do Estado. Essa semana que acontecerá do dia 26/09 ao dia 03/10 terá diversas atividades em que serão discutidos diversos temas ligados a brutalidade e a violência gerada pelo Estado. Por ser uma semana organizada por movimentos sociais autônomos e independentes de partidos, ongs, patrocínios de empresas privadas, etc, as despesas das atividades são resolvidas à base da solidariedade e apoio mútuo de diversas grupos e pessoas que possuem acordo com esse tipo de prática horizontal, autônoma e anti-capitalista. 

Sendo assim os coletivos Desobediência Sonora, Okupalco e as bandas convidam a todxs para participar desse som em que toda a renda das entradas será revertida para as despesas geradas na Semana.

Para saber mais sobre a semana e a programação:

https://www.facebook.com/NenhumAMenos

Bandas:

Pé Sujus
https://www.youtube.com/watch?v=J50rqrUNCKE

Desacato Civil
https://www.youtube.com/watch?v=u0yT9DlX9g8

Útero Punk
https://www.youtube.com/watch?v=rlmPURSxlPM

Barbárie
https://www.youtube.com/watch?v=NsfXHvCZJHk

Side Sludge
https://www.facebook.com/sidesludge/videos/vb.1115736245120934/1141929859168239/?type=2&theater

Entrada R$ 5

Rua José Alvares Moreira, 65, Itaim Paulista
(rua da estacao Jd. Romano (Saindo pelo lado da av. Marechal Tito)


Evento: https://www.facebook.com/events/528735957280463/

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Você sabia que perto de onde você está recebendo este panfleto há uma unidade da Fundação CASA?

Você sabia que perto de onde você está recebendo este panfleto há uma unidade da Fundação CASA?

Além do que a Globo, Record, Bandeirantes, Folha de São Paulo, Estadão e outras empresas de comunicação falam sobre, você sabe o que realmente acontece dentro daquele lugar?

Você já conheceu alguém que ficou preso/a em uma unidade da Fundação CASA ou da FEBEM? Já escutou o que essas pessoas têm a falar sobre suas vivências?

A história do Estado brasileiro criando medidas para “cuidar” de suas crianças e adolescentes pode ser contada desde o início do século passado. Antes de 1927, o Estado não diferenciava crianças e adolescentes de adultos. Todos passavam pelos mesmos processos jurídicos, iam para as mesmas cadeias e trabalhavam nas mesmas desgraçadas fábricas. Depois da criação do Código de Menores (1927), rola a efetiva institucionalização da juventude pobre, preta e periférica, prendendo jovens em situação de rua e aqueles/as que cometeram algum ato infracional nas Colônias Agrícolas, Centros de Recuperação e Patronatos dirigidos pelo Serviço de Assistência ao Menor (SAM). Filhos/as de ricos/as não entravam aí, já que estes locais foram feitos apenas para aqueles que não tinham dinheiro e influência para se defender.
Foram durante as duas ditaduras que o Brasil teve uma maior estruturação desta lógica de atuação, na época de Vargas no Estado Novo (décadas de 30 e 40) e durante a ditadura civil militar brasileira (1964 – 1985), vindo o já citado SAM em 1942 e além disso, também a Política de Bem Estar do Menor (PNBEM) e a Fundação Nacional do Bem Estar do Menor (FUNABEM) em 1964 e a Fundação do Bem Estar Social do Menor (FEBEM) em 1976.
Uma lógica jurídica voltada ao controle social de crianças e adolescentes “abandonados” e “infratores”, através da imposição do trabalho e da educação como ferramentas para a adequação destes/as jovens ao contexto político, social e econômico, em outras palavras se prendia (e continua se prendendo) jovens da periferia forçando-os/as a trabalhos e estudos tendo em vista a formação de mão de obra subalterna, lógica que continua existindo para servir a elite. Este período também marca o início das mais bizarras violências aplicadas a estes/as jovens, desde as humilhações, xingamentos, imposição de trabalhos a até práticas de torturas, estupros e espancamentos, claro, visando a “reintegração” dessas pessoas a sociedade.
Em 1990 veio o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e através dele a especificação das medidas protetivas (para menores de 12 anos) e a socioeducativa (para maiores de 12 até 18 anos), colocando a criança e adolescente como “sujeitos de direito”. Mas a verdade é que o ECA efetivou o controle sócio-penal de jovens com bases no direito penal adulto, reafirmando a punição e o controle social através do discurso socioeducativo. Em outras palavras, o ECA separou jovens “abandonados” de jovens “infratores” e estruturou as cadeias para jovens, aquelas mesmas que espirraram sangue nos anos 1990, onde pessoas eram decapitadas, funcionários/as esquartejados/as e mães agonizavam na frente das unidades.
Diante de tantos horrores televisionados, o presidente da FEBEM na época e atual Secretário Estadual de Segurança Pública, Alexandre de Morais, deixou o posto para Berenice Gianella, indicada a dedo por Geraldo Alckmin, que veio com um novo nome e toda uma proposta de descentralização, uma história de incompletude institucional, maior controle interno, atendimento individualizado, dentre outras estratégias.

Este novo nome (Fundação Casa) de forma alguma desviou o foco desta instituição em promover as mais diversas violações de direitos dos/as adolescentes. Espancamentos, torturas, humilhações, estupros e todas as formas de violação de direitos continuaram, só que agora sem grande cobertura e acompanhamento da mídia - a não ser nas tentativas de ampliar o discurso de ódio e de vingança, nos tentando convencer que aqueles lugares estão repletos de monstros, e o melhor a se fazer é reduzir a maioridade penal, por exemplo, e transformando o medo no verdadeiro governante de nossas vidas – tudo tem sido eficientemente escondido pela Berenice e seus/suas capangas.
Nem todos os complexos foram desativados, as instituições que atuam dentro da Fundação CASA mais acobertam as violações do que a denunciam, o controle sobre os corpos de adolescentes foi mais estruturado (medicalização e torturas sem deixar marcas), fora o corpo pedagógico que, se na maioria das vezes não se manifesta em relação às violações, em muitas as incentiva. Toda essa história para dizer para você, que está recebendo este panfleto e que mora, trabalha e circula nas proximidades de uma unidade da Fundação CASA, que este lugar é um depósito de jovens que são jogados/as e espancados/as diariamente. A tentativa de adestramento através do espancamento e demais humilhações obviamente tem um resultado óbvio: a molecada vai sair com mais ódio do que entrou e quem vai pagar por isso é a população de São Paulo.
Precisamos pensar em novas formas de lidar com os conflitos diários, em formas que envolvam nós mesmos, a população, e não o Estado, a polícia, a/o juiz. Mais de 20 mil jovens cumprem medida socioeducativa em São Paulo e destes pelo menos 10 mil está preso/a. Quando acabar esta medida você acha que ele/ela vai conseguir algum trabalho? Acha que o Estado vai ajudar? NÃO! A/o jovem voltará para o mesmo lugar de onde saiu, com as dificuldades que já tinha antes e com as novas, de ser agora também taxado pelo sistema socioeducativo. Não podemos mais permitir que nossa juventude seja presa, que condicionem o futuro desta molecada.
Além de pensarmos em alternativas para os conflitos e tensões diárias, temos que pensar também que a cadeia não é solução para ninguém. Prender a pessoa é apenas isolá-la da sociedade, é apenas afirmar que esta pessoa teve uma conduta anti-social e que, portanto, ela deve passar um tempo guardada no inferno. Não se trabalha com a conduta anti-social, não se problematiza as questões junto à vítima e a/o infrator/a. Mas então o que colocar no lugar das cadeias, o que faremos?
Em uma sociedade pautada no consumo, onde o ‘ter’ é mais importante do que o ‘ser’, onde o capital dita as regras, onde as cadeias passaram a dar lucro, talvez seja difícil pensar em um mundo sem cadeias, já que ela cumpre um papel social bem definido pela elite, o de prender as pessoas pobres, pretas e periféricas, as pessoas ‘incômodas’.
Também não acreditamos na humanização do cárcere, em reformar as cadeias até elas ficarem minimamente suportáveis, mas acreditamos sim que através da divulgação e problematização das informações do que ocorre lá dentro, no fortalecimento de ações de familiares de pessoas presas, no fortalecimento das pessoas presas e também através de manifestações públicas, podemos minimamente pautar a cadeia, pautar a Fundação CASA como uma aberração paulista.
Desta forma, gostaríamos de convidar você e quem mais achar que pode somar para ir na sexta-feira, dia 2 de outubro, às 17h no Largo São Francisco, para se juntar a diversos movimentos sociais da cidade de São Paulo, no ato que vai lembrar os 23 anos do Massacre do Carandiru, onde pelo menos 111 pessoas foram assassinadas pela Polícia Militar. Lembrando do Massacre do Carandiru, vamos pautar “NEM REDUÇÃO, NEM FUNDAÇÃO”, pontuando que não queremos a redução da maioridade penal, porque não acreditamos que a prisão é a solução. Queremos o fim da Fundação Casa! Nossa juventude não precisa de cadeia, precisa de liberdade para sonhar num futuro que não seja dominado pelo capital!



*Texto escrito pela Rede 2 de Outubro para ser panfletado durante a “Semana de Luta contra a violência do Estado” (27.09.15 – 03.10.15) nos arredores das unidades da Fundação CASA da cidade de São Paulo. 


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Hip-Hop Revolução: o Rap o Reggae e o Samba Rock são Irmãos


Mais um evento somando com a  Nenhum a Menos - Semana de Lutas Contra a Violência do Estado
SÁBADO (3 DE OUTUBRO) A CIDADE TIRADENTES E TODA A ZONA LESTE VÃO PARAR!!!
Grande Encontro: "Hip-Hop Revolução: o Rap o Reggae e o Samba Rock são Irmãos!
Já confirmados: Eduardo, Doctors Mcs (Cidade Tiradentes), Filosofia De Rua, DUCK JAM, Comando DMC Grupo Inquérito, Apocalipse Urbano, Walking Lions (Reggae Raiz), MC JACK &DJ NINJA, RIMATITUDE, Pelther Lb & Bruno Bl - Leviticos R.A.P, Família DUCORRE, Jordana, Poetas modernos, Fantasmas Vermelhos (Cidade Tiradentes), Roots Habitat (Reggae da Comunidade Portelinha & Viela 18 - z/s), O Conselho (Rap de Crianças da Portelinha - Z/S), Club do Samba Rock & Markão MP Brasil e MUITO MAIS!
Confirme sua participação aqui: https://www.facebook.com/events/509457239215396/ 
Organização: MH20 Hip-Hop Organizado 



quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Experimentação Edição Especial "Semana de Luta contra a Violência do Estado"





Experimentação Audiovisual Claudia Ferreira no Centro de Acolhida Jaçanã

De agosto a dezembro de 2015 a Experimentação estará presente quinzenalmente nas dependências do Centro de Acolhida Jaçanã, exibindo vídeos e promovendo discussões.

Neste dia 29 de setembro, a Experimentação Audiovisual Claudia Ferreira integrará a “Semana de Luta Contra a Violência do Estado”, entendendo o albergue como um local que agrupa pessoas que sofreram e sofrem diversas violências do Estado e que portanto, é um importante local para fomentar discussões. 

O vídeos exibidos neste dia serão “Casa dos Mortos” e “Quanto mais presos, maior o lucro”.

Segue toda a programação: 

04/08 - Pelo Santa Marta, para o Santa Marta - 42 min
25/08 - Coletânea de vídeos sobre as ações de movimentos populares contra a tarifa no transporte pública – 30 min
01/09 - Morte e Vida Severina em desenho – 55 min
15/09 - O Povo Brasileiro – A Matriz Caipira – 26 min / Sementes da Chapada – 20 min
29/09 - Casa dos Mortos – 25 min / Quanto mais presos, maior o lucro – 15 min
13/10 - A Ponte – 42 min
27/10 - Mulheres da Terra – 20 min / Claúdia Ferreira – 21 min
10/11 - Domésticas – 90 min
24/11 – Coletânea Tapajós – 31 min
08/12 - Jaçanã – História do Bairro de São Paulo/SP – 25 min
Sobre o Jardim Brasil – 3 min

Entrada gratuita

Local: Centro de Acolhida Jaçanã – Rua Alto Paraguai, 630 – Jaçanã

Que merda é essa? #34: Mulheres encarceradas




Atualmente, o Brasil é um dos estados que mais encarcera pessoas no mundo, em números absolutos e em números proporcionais.

Nos últimos 12 anos, o número de homens adultos presos no Brasil aumentou 130%, ao mesmo tempo em que o número de mulheres adultas encarceradas cresceu espantosos 256%. Dentre essas mulheres, mais de 60% dos casos está relacionado à famigerada guerra às drogas promovida pelo estado.

Na Semana de Luta Contra a Violência do Estado, a Casa Mafalda convida todas as pessoas para debater a situação dessas mulheres, na maior parte do tempo invisibilizadas pela mídia e para a sociedade.

Exibiremos o filme "Leite e Ferro", da diretora Claudia Priscilla, que trata da vida de mães encarceradas, e em seguida promoveremos uma conversa com a presença de:

- Tempestade, que passou 5 anos encarcerada pelo estado em São Paulo;

- Fernanda Matsuda, advogada e participante do Projeto "Tecer Justíca: presas e presos provisórios na cidade de São Paulo" (http://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2013/02/rel_tecer_justiça_net.pdf), que por 8 meses esteve em contato com mulheres detidas "provisoriamente" na Penitenciária Feminina de Santana;

- algumas mulheres da Rede 2 de Outubro, que compõe a Semana de Luta e falarão sobre sua experiência de militância anti-carcerária;

- outras convidadas, ainda a confirmar.

O debate acontecerá na quarta-feira, 30/09, a partir das 19h30, com entrada livre.

Durante o evento, estaremos arrecadando absorventes, que serão destinados à mulheres em situuação de cárcere em SP.

***ATENÇÃO!***

Por conta da disponibilidade de tempo das participantes, COMEÇAREMOS EM PONTO.

A Casa estará aberta a partir das 18h30.


Casa Mafalda - Rua Clélia, 1895 - Lapa / SP

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

SARAU CONTRA VIOLÊNCIA DO ESTADO + SLAM DO 13 / MANIFESTO-POESIA CONTRA A VIOLÊNCIA DO ESTADO


Mais uma atividade confirmada pra Semana de Lutas contra a Violência do Estado: Na segunda-feira, dia 28 de setembro às 19h, um Sarau no Terminal de Ônibus de Santo Amaro vai juntar mais de uma dezena de coletivos (Sarau da Praga, Sarau Ocuparte, Sarau Comungar, Galochas, Parlendas, Slam do 13, Slam da Resistência, Slam da Guilhermina, Coquetel Motolove, entre outros). Só chegar!


Manifesto-poesia contra a violência do Estado:
o medo que escorre da banca
é o mesmo que lava calçada
a mão que acolhe o ombro
no verso tem coronhada
eu sei que os tempos são outros
que o sonho vermelho ruiu
é porque rimo
que estou na mira do teu fuzil
mas aí
eu não caminho só
manas e manos em sintonia
no ventre nova utopia
da história queremos colar os pedaços
do encontro dos finos rastros
o rosto do novo carrasco
queremos o laço:
trocar o nome das ruas
tirar os coturnos da lua
pôr os massacres em tribunal
sabe,
não pode ser herói
quem um dia foi general
porque o passado volta
quando não se aprende
a cruzar os braços
e cerrar os dentes
não queremos paz!
temos outra palavra
revolta
e organização popular
isso não é só uma preza para os mortos
é um canto de guerra
uma arma subterrânea
que na vida sitiada
entre catracas, enquadros e balas de borracha
rasga
na superfície do dia-a-dia
entre versos e feridas
uma bomba subatômica
uma armadura divina
uma certeza revolucionária
chamada poesia
apesar de todos os Poderosos
apesar de cada lei
de cada esculacho
seguimos
fazemos com nossos gestos
com nossos versos
resistência ativa
deixem os discursos para os palanques
nossa trajetória fazemos com luta
e não com tanques.

Ato em memória aos 23 anos do Massacre do Carandiru - nem redução, nem Fundação: por uma vida sem grades!



Nesse 2 de outubro completam­-se 23 anos do Massacre do Carandiru. Após uma rebelião no pavilhão 9 da penitenciária originada de uma briga entre alguns presos, cerca de trezentos
policiais militares invadiram a casa de detenção do presídio e exterminaram (no mínimo) 111 homens desarmados e rendidos.

O Massacre do Carandiru não é de um caso isolado. A chacina faz parte da política prisional brasileira, a mesma que submete os detentos a condições de vida degradantes e assédio constante dos agentes prisionais, tanto em seus presídios adultos quanto nas Fundações Casa.

Viola­-se os os direitos mais básicos dos encarcerados porque, em sua enorme maioria, são sujeitos que sempre estiveram à margem do processo civilizatório brasileiro: indivíduos jovens, pretos, pobres e periféricos. Nas quebradas de ondem saem nossos presos falta saneamento, falta creche, falta ensino e postos de saúde de qualidade. Esse mesmo Direito Penal que responde com violência aos marginalizados, no entanto, conserva intactos sujeitos como Fleury e Pedro Campos, os mandantes do Massacre do Carandiru.

Nossa política criminal, além de seletiva, é massiva. O Brasil já possui a terceira maior população carcerária do mundo, formada em boa parcela a partir de encarceramentos abusivos e ilegais. Não satisfeitos, setores ligados a indústria do cárcere tentam recrudescer ainda mais leis punitivas e restrivas de direitos, avançando com projetos de redução da maioridade penal e aumento do tempo máximo de internação nas Fundações Casa.

Os diversos massacres, reais e estruturais, não são consequências de falhas do Direito Penal; ao contrário, são o resultado de seu perfeito funcionamento como estrutura repressiva das classes dominantes. Sendo assim, entendemos que a luta contra as grades e massacres é indissociável de todas as demais lutas dos trabalhadores.

Por isso convidamos a todos que lutam por uma vida desmilitarizada, descriminalizada e livre de proprietários e patrões para relembrar nesse 2 de outubro os (ao menos) 111 que tombaram no Massacre do Carandiru e todas as outras vítimas da violência do Estado. Também é um dia para celebrarmos a resistência daqueles que sobrevivem aos massacres codianos e ainda encontram forças para lutar.


ATO EM MEMÓRIA DOS 23 ANOS DO MASSACRE DO CARANDIRU: sexta-feira 02/10/2015, concentração no largo São Francisco às 17hs.

Pelo fim dos massacres, somos tod@s negr@s, pres@s, mulheres, indígenas, periféric@s, sem­tetos, sem­terras, trabalhador@s!

Nem redução, nem Fundação: por uma vida sem grades!


ORGANIZAÇÃO:

Rede 2 de outubro

Casa Mafalda

Coletivo Desentorpecendo a Razão

Movimento Passe Livre SP

Projeto Comboio

Pastoral Carcerária

Coletivo de Galochas

Grupo Teatral Parlendas

Coletivo Mopat


ps: Na concentração do ato vamos estampar camisetas com stencil. Por isso, pedimos pra quem estiver afim afim de estampar também levar alguma camiseta clara.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Nenhum/a a Menos - Semana de Lutas contra a Violência do Estado



Já se somam 27 o número de vítimas fatais de um dos piores massacres da história do Estado de São Paulo que ocorreu na noite de quinta-feira do dia 13 de agosto de 2015 em Osasco, Barueri e Itapevi. O caso ainda não foi solucionado mas as evidências levam a crer que os autores foram policiais, que teriam agido em resposta às mortes de um agente e de um guarda civil.

Não se trata de um caso isolado, como é frequente nas declarações de delegados e políticos de alto e baixo escalão, mas de uma prática cada vez mais frequente no Brasil.
Somente em maio de 2006, cerca de 500 jovens foram executados por grupos de extermínio, com forte suspeita de participação de Policiais Militares. Crimes que ainda não foram julgados e cujos autores continuam impunes. Somam-se os inúmeros assassinatos feitos quotidianamente nas quebradas e favelas do Brasil, residência de nossas Cláudias e Amarildos. São lugares onde os holofotes da grande mídia não chegam.

Mas o terrorismo de Estado não é monopólio brasileiro: no México, o desaparecimento de 43 estudantes da cidade de Ayotzinapa em 26 de setembro de 2014 foi resultado de uma ação orquestrada por uma aliança indistinguível de traficantes, policiais e políticos.
A violência, execução e tortura por parte daqueles que supostamente deveriam nos proteger ocorre com forte apoio de parte da população. Os crimes se tornam justiça aos olhos sanguinários daqueles que clamam por violência.

No 2 de outubro completam-se 23 anos do dia em que 111 presos do Carandiru foram executados pela Polícia Militar, numa ação que contou com o apoio do alto nível da direção nacional: criminosos de farda e de terno.

Atualmente, as cadeias já contam com mais de 500.000 pessoas. Em 1990, eram 90 mil. São jovens, pobres e pretos cujos direitos são sistematicamente violados e que agora também são alvos daqueles que querem lucrar com prisões privatizadas. Torturas e maus-tratos também atingem os adolescentes das unidades da Fundação Casa: os mesmos que agora tem o risco de sofrerem medidas ainda mais drásticas com a redução da maioridade penal.

Para efeitos de comparação, somente entre novembro de 2012 e outubro de 2013, foram 6.034 desaparecidas apenas no Rio de Janeiro, de acordo com o Instituto de Segurança Pública. Ao longo de toda a ditadura (1964-1985) foram 339 desaparecidos segundo o Dossiê dos Mortos e Desaparecidos Políticos.

Todos esses fatos expõem a maneira como parte da população é tratada pelo Estado.
Como carne pronta para o abate, sub-humanos cuja morte não vale nem uma nota no jornal.

Resta a grade, a vala ou a luta.


Por isso, chamamos todxs para compormos a “Semana de Lutas contra a Violência do Estado”, do dia 26 de setembro ao dia 2 de outubro.


nenhumamenos.milharal.org
https://www.facebook.com/Nenhuma-a-Menos-Semana-de-Lutas-contra-a-Viol%C3%AAncia-do-Estado-175338112798769

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Ação de Solidariedade: 1 ano de Ayotzinapa - Vivos os levaram, vivos os queremos!

Nesse 26 de setembro completa 1 ano do desaparecimento dos 43 estudantes mexicanos de Ayotzinapa. Em solidariedade à luta de Ayotzinapa, e a todxs que compartilham da dor, da raiva, e da dignidade dos debaixo contra a violência dos de cima, faremos uma intervenção em São Paulo. 

*Venha de camiseta branca e calça jeans. 

Naquele 26 de setembro de 2014, o Estado mexicano matou 6 pessoas e sequestrou 43 estudantes em Iguala. Se até agora os governos não respondem aonde estão os estudantes, de lá pra cá a mobilização e a solidariedade internacional por justiça e verdade tem sido incessante. 

Em um momento em que vivemos o luto e a luta da chacina praticada pela polícia em Osasco, em que jamais esqueceremos os Amarildos, os Douglas, as Cláudias e tantos outrxs, mostramos com essa ação que se no México e aqui o Estado prende, desaparece e mata os de baixo, também a nossa resistência não tem fronteiras.

Essa ação é a abertura da Semana de Lutas contra a Violência do Estado - Nenhum(a) a Menos, que contará com uma série de atividades ao longo da semana e se encerrará com uma manifestação em memória aos 23 anos do Massacre do Carandiru - o ato será dia 2 de outubro, às 17h no Largo São Francisco.


Sábado, 26 de setembro, ás 15h

Praça do Ciclista - Av. Paulista X Av. Consolação


segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Cultura D'Quebrada



Cultura D'Quebrada


Dia 19 de Setembro das 13:00 às 21:00
Local : QG A CENA - Jundiapeba - Mogi das Cruzes 
Presidente Altino Arantes 1565
(A 100mt largo da feira) entrada franca 

Exibição do Documentário "Do Luto à Luta" com o Núcleo Áudiovisual Maria Lacerda. 
Bate papo com Mães de Maio , AMPARAR e Rede 2 de Outubro 

E mais: Batalha de MCs ( microfone aberto ) , Tempo Fechado , Revolucionários da Guerra , 380 A.C.S. , Única Chance , Max Flow e FD Manos , Marcos Favela , A C.E.N.A. MCs , Ktarse e Insurreição CGPP.

Maracatu e discotecagem com Dj Nanny.

Informação, Trocas, Rango Vegan e apoio mútuo. 

Contra o Genocídio do Povo Preto Pobre e Periféric