Dois de outubro de 1992: após uma pequena desavença entre presidiários do pavilhão 9 da Casa de Detenção do Carandiru se transformar em uma rebelião sem viés reivindicativo ou de fuga, cerca de três centenas de policiais militares invadem a Casa de Detenção do Carandiru e exterminam, a sangue frio, ao menos 111 homens desarmados e rendidos.
A antiga Casa de Detenção foi implodida e, no lugar onde a juventude negra foi massacrada durante décadas, foi erigido o sugestivo Parque da Juventude. A edificação de um parque para a juventude no lugar de uma prisão da juventude não significou, no entanto, qualquer alteração estrutural na política criminal do Estado.
O aprisionamento massivo da juventude negra e a conivência com mandantes e executores dos massacres não são devidos a falhas do sistema penal, mas sim ao seu perfeito funcionamento enquanto estrutura estatal das classes dominantes para gerir e conter as classes dominadas.
Desde o Massacre do Carandiru, nos dois lados dos muros, os massacres contra a juventude negra só fizeram crescer, com a escalada cada vez mais explosiva do encarceramento massivo e dos extermínios policiais.
Aos massacres reais somam-se os massacres estruturais: as mesmas quebradas acossadas por balas, porretes e algemas são submetidas a um cotidiano de total descaso, em que falta tudo que é necessário para viver com um pingo de dignidade.
O aprisionamento massivo da juventude negra e a conivência com mandantes e executores dos massacres não são devidos a falhas do sistema penal, mas sim ao seu perfeito funcionamento enquanto estrutura estatal das classes dominantes para gerir e conter as classes dominadas.
Desde o Massacre do Carandiru, nos dois lados dos muros, os massacres contra a juventude negra só fizeram crescer, com a escalada cada vez mais explosiva do encarceramento massivo e dos extermínios policiais.
Aos massacres reais somam-se os massacres estruturais: as mesmas quebradas acossadas por balas, porretes e algemas são submetidas a um cotidiano de total descaso, em que falta tudo que é necessário para viver com um pingo de dignidade.
Desde o Massacre do Carandiru, nos dois lados dos muros, os massacres contra a juventude negra só fizeram crescer, com a escalada cada vez mais explosiva do encarceramento massivo e dos extermínios policiais.
Aos massacres reais somam-se os massacres estruturais: as mesmas quebradas acossadas por balas, porretes e algemas são submetidas a um cotidiano de total descaso, em que falta tudo que é necessário para viver com um pingo de dignidade.
Aos massacres reais somam-se os massacres estruturais: as mesmas quebradas acossadas por balas, porretes e algemas são submetidas a um cotidiano de total descaso, em que falta tudo que é necessário para viver com um pingo de dignidade.
Por essas razões, entendemos que a luta contra o Sistema Penal e contra o militarismo é parte inseparável das lutas populares: é da união das demais lutas sociais com a luta daquelas e daqueles que sofrem na pele a violência imposta pelo Estado e pelos ricos que será possível a gente construir outra sociedade, sem massacres, grades e explorações.
Nesse dia, diante desse quadro de terror contra as camadas populares que se reproduz por toda nossa história, relembramos os no mínimo 111 que tombaram em 2 de outubro de 1992 e as tantas outras pessoas violentadas pelas classes dominantes por meio do Estado. É dia também de celebrarmos a resistência daquelas e daqueles que sobrevivem aos massacres cotidianos e ainda encontram forças para lutar.
Pelo fim dos massacres e por uma vida sem grades, somos tod@s negr@s, pres@s, mulheres, indígenas, periféric@s, sem-tetos, sem-terras, trabalhador@s!
Contra o sistema penal, somos tod@s marginalizad@s!
ATO EM MEMÓRIA DOS 22 ANOS DO MASSACRE DO CARANDIRU: 02.10.2014 [QUINTA-FEIRA]; CONCENTRAÇÃO ÀS 17HS, NA PRAÇA DA LUZ, EM FRENTE À PINACOTECA.
Organização:
Casa de Cultura Marginal
Casa Mafalda
Coletivo DAR
Comitê Contra o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica
Comitê Popular da Copa
Grupo Tortura Nunca Mais - SP
Instituto Práxis de Direitos Humanos
Mães de Maio
Movimento Moinho Vivo
Movimento Negro Unificado - MNU
Movimento Passe Livre - SP
Pastoral Carcerária
Perifatividade
Periferia Ativa
RAP Pânico Brutal
Rede 2 de Outubro
SAJU Cárcere - FD-USP
Casa Mafalda
Coletivo DAR
Comitê Contra o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica
Comitê Popular da Copa
Grupo Tortura Nunca Mais - SP
Instituto Práxis de Direitos Humanos
Mães de Maio
Movimento Moinho Vivo
Movimento Negro Unificado - MNU
Movimento Passe Livre - SP
Pastoral Carcerária
Perifatividade
Periferia Ativa
RAP Pânico Brutal
Rede 2 de Outubro
SAJU Cárcere - FD-USP
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