No dia 2 de outubro, o maior massacre da história penitenciária completa duas décadas
Por Igor Carvalho para o http://www.spressosp.com.br
Oficialmente, foram 111 mortos, porém o número é contestado por familiares, advogados, peritos e movimentos sociais. Todos foram assassinados por policiais militares, no dia 2 de outubro de 1992. No Pavilhão 9, estavam desarmados, nus e encurralados, eram alvos fáceis. O maior massacre da história penitenciária do Brasil completa 20 anos sem culpados. Para lembrar o genocídio carcerário, uma série de atos vão ocorrer em São Paulo entre os dias 29 de setembro e 6 de outubro.
Com o enredo “Quando vai acabar o genocídio popular?”, o Cordão da Mentira vai colocar o samba pelas ruas do Centro da capital paulista acompanhado por militantes para um trajeto de importante simbolismo. A concentração do bloco será no próximo sábado (29), às 11h no Largo General Osório, ao lado da estação Luz do Metrô, de lá parte para o Memorial da Resistência, de onde será dada a largada, às 12h. O fim do encontro entre militância e samba será Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), na Praça da Sé.
Na próxima terça-feira (2), às 15h, uma missa interreligiosa será celebrada em frente à Catedral da Sé. Ao fim do ato religioso, que se difere dos cultos ecumênicos por possibilitar que outras matrizes religiosas se manifestem, não apenas as religiões com base no Cristianismo, os militantes vão caminhar até o TJ-SP e encerrar a manifestação na porta da Secretaria de Segurança Pública. O dia passará a ser nomeado como “Dia pelo fim dos massacres.”
Fechando a programação, no dia 6 de outubro, às 15h, no Parque da Juventude, haverá a “Caminhada cultural pela liberdade e pela paz”. Ativistas se unirão a familiares de vítimas e sobreviventes e irão percorrer o entorno do parque, passando pela Secretaria de Administração Penitenciária. Haverá música e há a possibilidade da inauguração simbólica de um memorial em homenagem as vítimas.
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